Arrogância, prepotência, “dono da verdade”. O que esses comportamentos realmente significam? Insegurança?
- Maria Rejane Arboite

- há 2 dias
- 2 min de leitura
Te convido a olhar para o que existe por trás deles!
À primeira vista, essas atitudes nos agridem. Nossa reação costuma ser afastar a pessoa ou devolver na mesma moeda. Mas nem sempre é tão simples. Às vezes, quem age assim é alguém importante para nós: um pai, uma mãe, um filho, um colega de trabalho — até mesmo um líder. Não dá apenas para ignorar.
E se, no fundo, esses comportamentos fossem apenas um escudo social?

Todos nós, em maior ou menor grau, criamos nossa própria rede de proteção — comportamentos que escondem nossa verdadeira essência ou refletem nossas inseguranças.
Sim, o tema aqui é Insegurança e os Escudos sociais que adotamos.
Para clarear, vamos usar a famosa metáfora do iceberg. O que aparece acima da água é só a ponta: o que vemos. A superfície mostra a arrogância, o vitimismo, o egocentrismo (a necessidade de estar no centro das atenções), a procrastinação, a ansiedade (com irritabilidade e impaciência) e a depressão (com tristeza, vazio e perda de interesse).
Mas abaixo da linha d’água — aquilo que não vemos — existe outra face. Às vezes mais profunda, mais assustadora, e justamente por isso mais verdadeira.
E nessa profundidade está a insegurança.
A insegurança trava. Adoece. Deixa aquele gosto amargo de incapacidade.
Se quisermos realmente mudar — ou ajudar alguém a se desenvolver — precisamos mergulhar além do que aparece.
Vamos olhar mais de perto o que sustenta essa parte oculta…
Lá embaixo, podemos encontrar três pilares essenciais:
• Autoconceito: É a percepção que temos de nós mesmos — nossas crenças, nosso ego e a forma como interpretamos o que os outros pensam de nós.
• Autoestima: O apreço que sentimos por nós, a sensação de sermos amados ou não. Está profundamente ligada à autoaceitação e à autoconfiança.
• Autoeficácia: Um elemento fundamental da autoconfiança. Refere-se às crenças que temos sobre nosso valor e nossas potencialidades. Não é apenas possuir certas capacidades, mas acreditar que as possuímos.
Tentar mudar apenas os comportamentos que vemos — ou simplesmente evitar essas pessoas — é agir de forma paliativa. A verdadeira transformação exige um mergulho profundo: analisar nosso autoconceito, autoestima e autoeficácia.
Talvez aqui tenhamos que partir para uma jornada solitária, uma autorreflexão:
O quanto o que os outros pensam de mim me afeta? Eu conheço minhas potencialidades, virtudes e não qualidades?
Eu me aceito como sou? Me sinto amado e valorizado? Quais ações e momentos me encontro mais confiante?
Por fim, eu acredito na minha capacidade de executar o que meu proponho?
E, claro, fortalecer nossa competência social, ou seja, aprender a lidar com outras pessoas, sentir-se capaz de enfrentar situações difíceis e saber regular a distância e a proximidade nas relações.
A ideia é ir soltando cada amarra aos poucos, com calma, entendendo seus gatilhos e reconhecendo o tipo de escudo que você usa para se proteger.
Fiz você pensar?
Essa era a intenção. A partir daqui você pode se aprofundar ainda mais nesses conceitos e descobrir novas maneiras de compreender e acolher — a si mesmo e aos outros.
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