A internet é sem dúvida uma das maiores revoluções da humanidade. Esse mundo digital e virtual é fantástico, mas por si só não é capaz de desenvolver plenamente as pessoas e profissionais. Digo isto considerando o conceito de competência individual.
As competências individuais podem ser entendidas como um conjunto de atributos, recursos pessoais que o indivíduo combina e mobiliza em uma determinada situação de trabalho.*
Na verdade é um conjunto de saberes que vamos aprimorando ao longo de nossas vidas. As estratégias de educação a distância, os artigos, livros e os vários vídeos disponíveis na internet, nos ajudam a aprimorar um pilar extremamente relevante da competência: o saber – focado no saber teórico profundo sobre algo.
Na atualidade há de certo modo, nos meios digitais, um exagero de dados, informações, pesquisas e conhecimentos publicados e divulgados. Sim, existem materiais de muita boa qualidade escritos e gravados por profissionais extremamente qualificados, pessoas preocupadas em disseminar conhecimento, pois o este estocado não muda a humanidade, assim não serve pra nada. Contudo, existem outros materiais propagados por pessoas que gostam de opinar sobre fatos e situações, mas por vezes, estão soltas, não aprofundadas e embasadas.
É para desenvolver esse pilar (saber teórico profundo) que estudamos nas escolas e universidades, buscamos formações técnicas, estudamos os fundamentos e princípios de uma profissão. Mas somente esse pilar é capaz de sustentar a alta performance? O Brasil nos últimos anos, segundo dados divulgados, elevou e muito o índice de alunos graduados, mas por que muitos continuam desempregados? Por que os profissionais de RH reclamam que não encontram pessoas qualificadas para preencher as vagas de emprego nas organizações?
Parece que ainda falta algo! Sim, o segundo pilar, a habilidade – o saber fazer.
No próximo post vou abordar essa outra parte!
*ARBOITE, Maria Rejane da S. Gestão por Competências: Políticas e Práticas de RH. Novo Hamburgo: Feevale, 2008.
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